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fofocaHá algum tempo venho refletindo como abordar um tema tão complexo, sem cair nas armadilhas das analises pré-conceituosas ou na futilidade que o termo encerra.Afinal, todos nós em maior ou menor grau estamos sujeitos a participar, ainda que involuntariamente, de um fofoca ou mesmo, como muitos amenizam convenientemente de uma “conversa de bastidor”.

O fato é que este tema vem sendo analisado em pesquisas de clima organizacional, e ultimamente vem sendo bastante abordado em artigos que  chama atenção para os efeitos nocivos que a prática vem causando nos ambientes de trabalho. Embora banida pela maioria das pessoas, a fofoca tem sido um instrumento de comunicação informal, que é tratada em certo “sigilo” e com a pactuação dos envolvidos.

Contudo, como a fofoca gera um efeito propagatório, vai se repercutindo em outras esferas da rede de relacionamento dos primeiros envolvidos, e pode chegar a contaminar um grande numero de pessoas de modo a trazer um grande estrago ao alvo dos comentários depreciativos.

No meio corporativo é considerado um câncer, que se não tratado e extirpado no começo, se alastra por todo o meio organizacional, gerando impactos negativos as pessoas envolvidas, e principalmente ao alvos dos ataques. Seria a fofoca um dos instrumentos do famigerado bullying? Uma vez que pode cercear o direito de inclusão social?

Todavia esta prática no meio corporativo vem sendo utilizada por pessoas que querem serem reconhecidas como detentora de informações sigilosas, e encontram respaldo cada vez mais naquelas que as buscam para obter informações que de outra forma não seriam obtidas pelos canais formais da organização. Nota: muitas destas informações são no mínimo distorcidas.

Por outro lado, o efeito mais perverso da fofoca se encontra na rotulação das pessoas dentro do ambiente corporativo. Vimos ao longo dos anos nas empresas, pessoas sendo alijadas dos círculos de influência, ou de oportunidades de crescimento, por conta de rótulos os quais lhes  fora imputados.

O que  é razoável admitir, é que a prática da fofoca é motivada por competitividade, corporativismo as avessas,  inveja, resistência a mudanças,  entre outros, o que gera muitos mal-entendidos.

Sobre o corporativismo voltado aos círculos de influência, a fofoca não poupa aqueles que de alguma forma tiveram divergências com os nossos parceiros. Quase que involuntariamente somos inclinados a ouvir, concordar e apoiar os nossos, em detrimento da outra parte envolvida. Tenhamos cuidados, pois nem sempre nossos parceiros estão com total razão. Precisamos cultivar um ambiente de harmonia empresarial, e o primeiro passo é: ouvir sempre ambos os lados para tirar nossas conclusões.

Este é uma tema que daria talvez uma tese, mas a reflexão em baila, visa apenas jogar luz sobre um assunto relevante e que deve ter o cuidado dos gestores,  que comumente não se dão conta dos efeitos corrosivos da fofoca para seu time de trabalho,e  para as empresas onde atuam.

Penso que os gestores têm um grande responsabilidade nesta questão, ao servir de exemplo em seus círculos de influência, buscando formar opinião para eliminar esta prática tão nociva ao meio organizacional.

José Orlando Serafim de Souza

Administrador de Empresas.

Emails: orlando-souza@uol.com.br

joseorlando@administradores.com

Blog: https://orlandoserafim.wordpress.com

Twitter: @orlandoserafim

2 pensamentos em “O EFEITO FOFOCA

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